Helena Roseta
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A habitação e o Estado social de direito
29-05-2018

Pude intervir no Congresso do PS para lançar duas perguntas e assumir um compromisso. As perguntas foram as seguintes: qual é o futuro de Portugal se a geração jovem não tiver condições para construir a sua autonomia, a começar pela habitação? E qual é o futuro de Portugal se não cuidarmos de dar à populações mais isolada condições efectivas de qualidade de vida, incluindo boas comunicações e transportes? A garantia foi a de que os deputados do PS estão a legislar para proteger os mais idosos da lei da selva em que se está a transformar o mercado de arrendamento.
Não é só cá. A Alemanha acaba de anunciar que vai investir 6 mil milhões de euros em habitação acessível. É um caminho que Lisboa já está a seguir, à nossa escala. Infelizmente, os investimentos do Estado em habitação continuam diminutos. É um tema que temos de pôr na agenda com urgência.
Fiquei por isso feliz quando ouvi António Costa, na sua intervenção final no Congresso, falar da habitação para a geração jovem, da lei de bases da habitação do PS e da necessidade de intervenção pública na regulação do mercado da habitação. É uma grande batalha a travar, não apenas pelos socialistas, mas por todos os que querem que Portugal seja um Estado social de direito. Ninguém deve ficar para trás.