A deputada independente eleita pelo PS, Helena Roseta, manifestou-se hoje "satisfeita por haver uma melhoria" neste Orçamento de Estado em relação ao ano anterior, mas muito insatisfeita com o montante na área da habitação, reconhecendo que o valor aumentou, mas ainda é muito pouco. Exemplificando, Roseta questionou: Senhor Ministro, acha normal ainda estarmos a pagar juros bonificados à habitação? Não compreendo isto e não compreendo como é que só temos 18 milhões para a Porta Jovem.
Depois de quatro horas a discutir na especialidade a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) e com o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, a salientar a aposta na habitação, saiu da bancada do PS uma forte crítica às verbas destinadas a essa área.
Estou satisfeita com haver uma melhoria neste Orçamento do Estado, começou por afirmar a deputada, para depois anunciar: mas muito insatisfeita com a verba para a habitação. Sobre os valores atribuídos aos projetos destinados a garantir ou facilitar o acesso à habitação a quem mais precisa, Helena Roseta reconheceu que este ano (a verba) é bastante mais alta, mas é muito pouco.
A deputada criticou ainda o pouco dinheiro para o programa para ajudar os jovens a arrendar casa Porta 65 Jovem, sobretudo em comparação com os 39 milhões de euros que o Ministério das Finanças prevê gastar em 2019 com juros bonificados para compra de habitação. Helena Roseta questionou mesmo directamente: Sr Ministro, acha normal ainda estarmos a pagar juros bonificados à habitação? Não compreendo isto e não compreendo como é que só temos 18 milhões para a Porta Jovem.
Durante a discussão na especialidade da proposta de OE2019, o ministro defendeu precisamente que a habitação ganha uma expressão orçamental que não teve nos anos anteriores, sublinhando o reforço de verbas para o Porta 65 Jovem. Também durante o debate, o CDS anunciou que iria apresentar uma proposta de alteração ao OE2019 no sentido de aumentar de 18 para 20 milhões a verba do Porta 65 Jovem.
Helena Roseta mostrou-se também incomodada com a falta de informação sobre para que servirão determinadas verbas previstas na proposta de OE2019, dando como exemplo os mais de 300 milhões previstos pelo Ministério das Finanças para habitação.