Cara H. Roseta, sou um munícipe muito, mas mesmo muito, desiludido, revoltado e outras coisas mais com a atitude do actual executivo camarário para com os seus munícipes.
A CML, no meu entender, tem-se comportado como uma entidade hostil aos lisboetas. Como exemplo refiro o anúncio do presidente aos munícipes, no fim do ano passado, da compra de novos veículos para a constituição de uma brigada de intervenção rápida para autuar os veículos alegadamente mal parados ou estacionados. Não é bonito, mesmo que haja, objectivamente, necessidade de tal. Há que respeitar a sensibilidade das pessoas e não as considerar, logo à partida como delinquentes ou coisa parecida.
Cara H. Roseta, eu não a conheço pessoalmente mas admiro a sua actividade pública. Por essa razão e porque muito me preocupa o atropelo aos mais elementares princípios da decência e da sã convivência social a que actualmente assistimos, eu gostaria mesmo muito, de conversar um pouco consigo sobre estas minhas preocupações.
Resposta de Helena Roseta
Obrigada pela sua mensagem. Sou a primeira a lutar por decência na vida pública, que tem de ser a base de uma democracia saudável. O caso que relata releva da dificuldade de conciliar interesses opostos – o de quem precisa de estacionar e o de quem precisa de circular, incluindo transportes públicos que perdem muitas horas com os veículos mal estacionados e peões limitados por passeios atravancados com carros e não só. A única solução é aumentar o estacionamento para residentes e diminuir a entrada na cidade de carros de não residentes, o que só se consegue com melhores transportes públicos e parques dissuasores à entrada. Tudo soluções que exigem tempo e investimento.
Seja como for, o dever dos autarcas é ouvirem todas as partes e procurarem o melhor equilíbrio possível em cada momento. Sempre que desejar, pode contactar-me por este site ou através da assembleia municipal de Lisboa, a que presido.
Cumprimentos
Helena Roseta