Nas vésperas do dia do santo padroeiro de Lisboa, o grupo de trabalho criado para as questões da habitação assinalou a sua 100ª reunião. Estão agora a decorrer as votações indiciárias da lei de bases da habitação e o PS garantiu já o apoio do PCP e do Bloco.
O Grupo de trabalho parlamentar da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades assinalou esta quarta-feira a sua 100ª reunião e a deputada Helena Roseta pôs os deputados dos vários partidos a cantar um voto de saudação ao Santo António. Numa sessão marcada para continuar as votações indiciárias da lei de bases da habitação, Helena Roseta ofereceu algumas lembranças aos demais deputados e levou duas quadras alusivas ao santo popular alfacinha e à temática que o grupo de trabalho tem vindo a acompanhar desde o início da legislatura.
Viva o Santo António,
viva o São João,
viva toda a gente
nesta comissão.
Viva até São Bento,
se nos arranjar
uma lei de bases
pra gente votar.
Álvaro Castelo Branco, do CDS, ainda brincou, dizendo que "só com a ajuda destes santos todos teremos uma boa lei de bases da habitação e Luís Vilhena, do PS, assinalou a persistência de Helena Roseta ao longo de todo este tempo".
Roseta, recorde-se, foi até outubro do ano passado a coordenadora do grupo de trabalho e foi ela a autora do primeiro projeto lei de bases da habitação, que acabaria por desencadear o atual processo legislativo.
Os deputados aproveitaram para sublinhar o trabalho desenvolvido pelo grupo de trabalho e, como disse António Costa da Silva, do PSD, a resiliência para levar até ao fim um grande conjunto de metas numa matéria de trabalho que é uma das matérias centrais para as famílias e para os jovens.
"Um debate determinante" e "um passo que vamos conseguir dar no sentido de uma função social da habitação", acrescentou Pedro Soares do Bloco de Esquerda. "Uma discussão da maior importância e na qual foi possível este avanço com contributos vários", rematou Paula Santos, do PCP.
As votações indiciárias prosseguem na próxima semana e o PS tem já o apoio declarado do PCP e do Bloco para a votação final global. O CDS tem avisado que está contra e a incógnita continua a ser ainda a posição que vai tomar o PSD.